Paro no parque de estacionamento. Enquanto caminho pelo corredor, olho para os placares gigantes que encontro à minha frente.
Vejo aquele placar de uma família sorridente com 3 filhos. E este placar toca-me as feridas ou as cicatrizes, não sei bem.
Sei que jamais terei uma família tradicional e não sei o que a vida me reserva. Posso nunca mais encontrar o amor e ficar sozinha para o resto da vida. Posso encontrar alguém especial, que não tenha filhos ou alguém que também é pai, tal como eu sou mãe.
Hoje ao olhar para aquele placar, veio-me ao peito, aquele sentimento com sabor a amargura e a falhanço pessoal.
Sim, é inevitável. Por vezes sinto o divórcio e o não dar aos meus filhos a família tradicional que supostamente deveria ser, como uma falha, uma derrota minha.
Mas felizmente, são raras as vezes em que sinto isto. Cada vez mais e mesmo durante este processo doloroso de separação, vejo que são os laços dos afetos que contam e prevalecem. Os laços de sangue não são quase nada, comparados com os laços dos afetos.
O que importa, é quem nos ama no bom e no mau. Quem está presente e se preocupa connosco. Quem quer o nosso bem e nos dá a mão, quando mais precisamos.
Querida j. Mil vezes uma família Modena feliz do que uma tradicional de fachada e profundamente infeliz. Por experiência pessoal te digo não há vínculo biológico que se sobreponha ao vínculo de amor que trabalhas todos os dias e tu já lhes dás tudo o que precisam para serem felizes. Boa semana também para ti. Beijinhos
ResponderEliminarReforço as palavras da Luna, 1000 vezes o amor que uma relação de mentira. Um dia esse sentimento passará e ficará apenas a memória de outra vida e a consciência do caminho percorrido e dos filhos lindos que educaste!
ResponderEliminarBeijinhos
Pr'a frente, que atrás vem gente :)
ResponderEliminarContinua com essa força e coragem, sempre! (e não te recrimines, nunca!)
Beijocas grandes
Sem dúvida, essas são as pessoas que realmente importam :)
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