27.12.14

O 1º Natal de muitos



Tenho uma amiga divorciada - mãe, que me diz que o primeiro Natal sem eles, é o que custa mais.
Passámos a consoada os quatro. Eu e eles. Este ano não fiz doces, nem passei horas na cozinha. Não fiz aquelas compras de Natal para ter na mesa. A minha vizinha trouxe um bolo rei, que só hoje foi aberto. O jantar foram hamburguers grelhados que os miúdos comeram com satisfação. 

Os meus rapazes foram para a cama mais tarde. Brincaram com os brinquedos novos e quando o sono chegou, caíram na cama e adormeceram. Mas antes disso, fizemos o habitual. Deixámos os sapatos em cima do fogão, um copo de leite e bolachas para o pai Natal. A diferença é que este ano não foram cinco sapatos, mas quatro sapatos.

A manhã tão esperada pelos miúdos chegou. Abriram os presentes. E depois disso, o pai chegou para os levar.
Beijei-os, fechei a porta e fiquei sentada no sofá. Olhava para o chão de brinquedos e papel rasgado. E não aguentei. Armei-me em chorona.

Passei o dia de Natal sem eles e sozinha. Tinha pensado em dormir a tarde toda, mas não consegui. Tomei um banho demorado e descansei o corpo. Enquanto descarregava o cartão de fotografias, olhava para o A. radiante e feliz com um simples balão preso no seu braço pequenino.
Por momentos pensei, que seria muito bom se nós adultos ficássemos igualmente fascinados e felizes com um simples balão. Talvez tudo fosse menos complicado e mais colorido.