8.4.16

Conversas entre Mulheres # 7


- Ontem tive um ataque de choro em pleno hipermercado. - Diz-me.

- Então?

- Porque me dói saber que os meus filhos, estão a viver com uma madrasta que faz distinção sem vergonha da própria filha e dos enteados.
O meu filho mais novo diz-me que a filha da madrasta, tem um armário com comida dentro do seu quarto, onde guarda aquilo que a menina come e os meus filhos não podem comer.

- Os meus filhos levam pão com manteiga para a escola e a menina leva manhãzitos. A manteiga da menina é Matinal e as dos meus filhos é de marca branca. É assim para os cereais e para outra infinidade de coisas.
Lá em casa, o que é para os meus enteados é para os meus filhos. Temos a guarda partilhada e na semana em que estamos, os meus dois e os dois dele, eles comem o que há. O que come um, comem todos.

- Mas é suposto ser assim, não? Digo-lhe que não me surpreende estes relatos infelizes de madrastas e padrastos, porque há medida que vou conhecendo mais histórias, vejo que é o prato do dia.
Honestamente o que a mim me faz confusão, é como é que aceitam estar ao lado de uma pessoa assim, que discrimina os filhos do outro? Como é que consentem isso? Não é suposto quando escolhes alguém para partilhar a vida, esse alguém aceitar toda a tua bagagem?

Acredito que não seja fácil a adaptação a uma família reconstituída, mas ao ler este post da Marta não tenho dúvidas de que é possível.
Haja amor! Muito amor e vontade para que as coisas resultem.

5 comentários:

  1. Que horror. Isso não se faz. As minhas filhas nunca se queixaram de nada disso. Queixam-se de pequeninas coisas, mas que nem valorizo, pois acho que são elas a "chamar a atenção". De resto, estou em acreditar que são tratadas de forma igual. Na minha casa, não tenho enteados, mas tenho um marido que ama de tal maneira as suas enteadas, que deixa de comer para lhes dar. E olha que a mim, por vezes, me magoa, pois ele é fantástico com elas e elas por vezes são muito tortas para ele.
    Realmente, há casos muito complicados na vida

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  2. Concordo contigo. Fiquei tão triste...Parece a versão "gata borralheira" dos tempos modernos. Não, não se faz isso a uma criança. Beijinhos

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  3. Infelizmente, conheço uma "madrasta" que faz isso de maneira tão discreta e sórdida que ninguém se apercebe de nada, logo, não há quem defenda estas crianças... :(

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  4. Isso nem parece real, como é possível que um pai ou uma mãe permita que os seus filhos passem por tal coisa? Não é de alguém humano.

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Obrigada, pelas suas palavras.