- Mãe, podes limpar-me os ouvidos?
- Ainda dizes que sou má e chata. Queria ver-te sem mim.
Desato-me a rir e ele imita o meu riso, como sempre faz.
- Pelo menos, tens uma mãe que ri e que não é trombuda.
- Pois, mas ris demais.
* A adolescência é tramada. Mas confesso que ao ouvir isto do meu rapaz grande e mesmo ele gozando sempre com as minhas gargalhadas, chegando a dizer-me que tenho riso de bruxa, prefiro que ele tenha a ideia da mãe que ri. Da mãe sorridente.
Mesmo naqueles dias em que me sinto desfeita por dentro. Mesmo naqueles momentos em que o coração dói, procuro que seja mais o sorriso que eles vejam em mim.
* Nem sabes o quanto eu te amo, meu miúdo giro!
Oh, a adolescência :))
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