Ao telefone com uma amiga, viajei no tempo. Leu-me cartas do ano de 1990 em frente, escritas por mim à mão. Cartas escritas para ela, especialmente nas férias de Verão. Na altura não havia as tecnologias, mas havia a magia dos postais e das cartas de papel escritas a caneta.
Gostei de mim com 14 anos. Gostei de ouvir aquilo que escrevi e achei que já era tão crescida para a idade. Já mostrava ter tantas certezas, apesar do dramatismo próprio da adolescência.
Gostei de perceber que nas cartas que a minha amiga me lia, em todas elas e quando falava daquilo que não corria bem, eu tentava pensar sempre positivo. Para mim com 14 anos e mais tarde, havia sempre um amanhã melhor. Havia sempre esperança que tudo se iria resolver.
Hoje aos 40, continuo a acreditar no alento de um amanhã feliz. No fundo, acho que sou alguém que vive de esperança, que acredita e tem fé que a vida nos trará sempre aquilo que merecemos.
E o que damos, é inquestionavelmente aquilo que retornará a nós.
Eu acredito nisso Prateada. Mais tarde ou mais cedo, se fizermos por isso, as coisas boas vão vindo :)
ResponderEliminarDevíamos olhar mais para quem fomos, eu joguei as cartas fora, num desprendimento nada comum em mim há muitos anos atrás, mas tenho os diários, e sempre que por algum motivo me cai um das mãos, sou incapaz de o pousar sem o ler todo.
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