20.11.15

Constatações # 3


Há medida que vivo e conheço pessoas, vejo que grande parte delas diz que quer muito uma coisa, mas na verdade esse querer e desejo de ter determinada coisa, não coincide com o que está gravado no seu ADN, nem escrito nas entrelinhas da sua essência.

Há quem queira muito uma família, um/a parceiro/a para a vida, quando no fundo no seu interior, são pessoas verdadeiramente individualistas, que não querem dar satisfações, que não fazem esforços, nem tão somente se dedicam a manter ou construir laços.  

Há quem diga que quer muito um filho, mas depois isso acontece, sentem que custa demasiado, que perderam a liberdade entre outras coisas e com isso chegam sentimentos de frustração e de culpa.

Há quem diga que quer muito um casamento, mas depois de acontecer, percebe o quanto difícil é manter um casamento saudável, sem ser um casamento de fachada, por conveniência, pelos filhos ou por outra coisa qualquer.
Em contrapartida, estas pessoas podem não ter qualquer inclinação para o casamento, mas são uns excelentes pais ou mães.

Talvez seja confuso, mas comparo àquelas pessoas que seguem uma profissão porque é conveniente e não porque gostam ou mesmo alguém em que a orientação sexual seja alguém do mesmo sexo e que por questões de sociedade vão contra isso. 

Existe depois aquela maioria de pessoas que procura adaptar-se vivendo acomodada com o que tem, mas mesmo nessa maioria, muitos casos resultam em falhanços.
O importante seria mesmo, as pessoas conhecerem-se de trás para a frente. Procurarem sentir verdadeiramente se tudo aquilo que dizem querer, coincide com o que lhes está cravado nas entranhas.
Isso evitaria certamente o conflito, as frustrações e a mágoa para connosco e os outros. 


2 comentários:

  1. Tens tanta razão, mas quando nem as pessoas sabem o que querem, é realmente complicado.

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  2. Conheço e convivo com pessoas assim.
    bjs

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Obrigada, pelas suas palavras.